Simpósio de Neurociência - parte 7 ("A PSICOFARMACOLOGIA DO TDAH - O QUE SABEMOS HOJE?")


[Esse é um diagnóstico meio na moda hoje em dia! Padrões nos quais "devemos" nos "encaixar" (como por exemplo, nas escolas), excesso de informações (som, imagem etc.)... São muitos estímulos, o que acaba tornando cada vez mais difícil se concentrar. Eu, inclusive, sou uma desssas pessoas que precisam de bastante esforço para se concentrar em ambientes com muitos estímulos, o que acaba refletindo, inclusive, na minha memória, já que não absorvo o tanto de informações que minha capacidade neurológica permite (Será?). Recomento o primeiro episódio da série "Truques da Mente", que está no Netflix (olha o merchan gratuito de novo), que fala exatamente sobre a atenção! Muito bom!]

[(Uma pequena divagação aqui...) Mas, eu estava falando do diagnóstico... Enfim, abaixo um pequeno relato minimalista sobre a palestra do Dr. Rubens Wajnsztein sobre o tratamento do TDAH...]

Bom, o palestrante começou fazendo o link com o uso do canabidiol (um dos princípios ativos contidos na maconha) como antiepiléptico e ansiolítico [Que foi mencionado na palestra anterior. Veja post anterior...]. Falou sobre a neutrotransmissão (captação de dopamina e noradrenalina) e o desenvolvimento do TDAH.

[Neste exato momento, me dei conta de que minhas anotações dizem pouco da parte neurológica, apesar de esse simpósio ter sido de neurociência. Tenho dificuldade de assimilar conhecimentos dessa área científica, o que refletiu nas minhas anotações e dei maior foco para as áreas que tenho mais facilidade – as que estão destacadas neste relato.]

Depois de um desvio de atenção, volto para o desenvolvimento do TDAH, que tem elementos biopsicossociais, ou seja, biológicos + psicológicos + sociais. Os fatores ambientais são muito fortes, portanto, deve-se intervir bastante no tratamento, por exemplo: envolver família e escola, já que precisa de um monitoramento adequado, fazendo o que chamamos de psicoeducação (explicando o que é o transtorno, como afeta, como é o tratamento, qual o tipo de colaboração necessária, quais as ações dos medicamentos etc.).

Sugestões do psiquiatra-palestrante: deixar a criança em período integral na escola, desde que seja muito bem monitorado (quando há condições de se fazer isso), é melhor do que ficar em casa sem monitoramento adequado. Sobre o tratamento medicamentoso: Atomoxetina (preço não muito acessível); antidepressivos tricíclicos (muito efeito colateral); bupropiona (especialmente quando há uma comorbidade, ou seja, outra doença associada. Também é usado para o tratamento de várias outras coisas, como parar de fumar.), clonidina e guanfacina (somente para casos refratários, aqueles que não funcionaram com outra medicação).

A persistência de TDAH na vida adulta pode trazer alguns prejuízos para a pessoa, como mudanças de emprego constantes, dificuldade de ter bons salários, ocorrerem mais divórcios, maior risco de desempenho acadêmico. Um aspecto bem importante na vida adulta é a desorganização! [Por outro lado, e essa é minha opinião, não significa que o adulto com TDAH não pode ter uma vida funcional! Existem comportamentos adaptativos também.] Por fim, segue indicação da Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA: http://www.tdah.org.br/.

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