Ainda sobre o Simpósio de Neurociência - parte 5 ("DEPRESSÃO, SUICÍDIO E CÉREBRO - O QUE SABEMOS HOJE?")



O tema seguinte foi “Depressão, suicídio e cérebro” com o palestrante Dante Duarte. [Confesso que estou relendo minhas anotações e não estou me lembrando muito da sequência, mas uma palavra que me chamou a atenção foi a “epigenética”. Como não me lembrava o que era, fui pesquisar na internet algum texto com linguagem simples que pudesse clarear minha memória. Segue link: http://revistacarbono.com/artigos/03-epigenetica-e-memoria-celular-marcelofantappie/].

Vou resumir: todos nós carregamos um DNA quando nascemos. E sabemos que existe uma herança genética, ou seja, uma genética que é transmitida de genitores para filhos. Os estudos com epigenética trouxeram a informação de que não é a genética (a estrutura) que é alterada por elementos químicos e experiências na vida, mas sim, o funcionamento dessa genética. O exemplo dado é a de um carretel de linha que tem essa estrutura, mas só algumas partes dessa linha serão ativadas e desativadas com as químicas e as experiências. Existe, então, um padrão epigenético e uma memória epigenética que é transmitida de uma geração a outra. Dieta e situações traumáticas alteram esse funcionamento também. Gestantes passam isso para o feto.

Tudo isso para eu me lembrar do que o pesquisador falava.

Síntese: fatores epigenéticos participam ativamente do perfil de depressão e suicídio. A saber: traumas na vida (violência, abusos, situações de guerra...); transtornos de humor, como bipolaridade, já que, além do fator genético, a pessoa passa por determinadas situações de vida "geradas" pela sua condição.

Para nós, psicoterapeutas, é importante que fiquemos atentos a outros aspectos associados a essa questão epigenética: traumas recentes, autoestima, psicopatologia, ideação suicida, falta de esperança, fator confiança em quem sofreu abuso sexual (em geral era alguém próximo)... Perfis que fizeram parte de estudos: mulheres tentam suicídio 10 vezes mais do que homens e conseguem 10 vezes menos; homossexuais, solitários, ateus, desempregados conseguem mais.

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