Simpósio de Neurociência - parte 6 ("A MACONHA E O MEU CÉREBRO - O QUE SABEMOS HOJE?")



A palestra seguinte foi “A maconha e meu cérebro”. A pesquisadora Maria Alice Fontes falou sobre o sistema endocanabinoide no nosso cérebro, ou seja, existe um sistema no nosso cérebro que é captador de alguns elementos contidos na maconha. Efeitos da maconha: atenção, memória (aquisição e codificação, armazenamento e recuperação/decodificação), QI e aprendizagem, função psicomotora (p. ex., coordenação motora), funções executivas (planejamento, organização, controle inibitório, iniciativa etc.) e da relação da maconha com a psicose (já que a maconha é um psicotrópico e age no funcionamento cerebral, como vimos acima e, sim, ela pode causar sintomas psicóticos, como, persecutoriedade, alucinações e delírios em organismos com predisposição).

Esses efeitos dependem da frequência, quantidade, gênero e idade de início. [Lembrando que o cérebro não está totalmente desenvolvido até os 21 anos de idade.] Há recuperação da memória após 4 a 8 semanas de abstinência. A novidade, para mim, e que fez sentido, é que alguns desses prejuízos são mais fortes em organismos de usuários ocasionais, já que o organismo de dependentes se readequa. [Estou aqui lembrando do Ozzy Osbourne, que conta em sua autobiografia que usou tanta droga que seu organismo se adaptou. Aliás, vale a pena ler esse livro: Eu sou Ozzy.] Mas, é lógico que acontecem outros prejuízos a longo prazo.

Ah, outro aspecto que ela trouxe foi o aspecto social que a maconha atingiu hoje. Pessoas postam vídeos na internet em que estão fumando maconha, experimentando formas diferentes de fumar maconha etc. E sobre a questão do uso da maconha para fins terapêuticos, somente alguns princípios da maconha são usados para este fim.

Calma, gente! Já sei que só tenho postado sobre esse simpósio, que já deu pra perceber que foi muito rico e, nessas alturas do campeonato já começa a ficar maçante e já começamos a perder a atenção e a concentração no tema, mas só faltam mais duas! E a próxima tem até a ver com esses aspectos acima, é sobre TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e psicofarmacologia.

Até a próxima!

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