Sobre o Simpósio de Neurociência - parte 3 (Farmacogenética, Neuromodulação e a Ética na Neurociência)

Aqui falarei sobre uma mesa-redonda que teve assuntos variados, porém interligados: 1) Farmacogenética; 2) Neuromodulação; 3) Limites éticos da neurociência.

Sinceramente, esses não são temas que me apetecem muito, mas acho muito importante profissionais da minha área (psi) terem esse conhecimento. Serei breve nesse post!

1) "Introdução a Farmacogenética" - Leda Talib: como todos sabem, cada pessoa é diferente da outra, por esse motivo, existem pessoas que não respondem a determinados medicamentos. A partir disso, os pesquisadores estão desenvolvendo estudos para trabalhar na avaliação genética antes de indicarem algum tratamento, inclusive, se eu entendi direito, há estudos sobre formas de atuar na genética para responsividade a tratamentos medicamentosos, o que achei bastante interessante!

2) "Introdução a Neuromodulação" - Pedro Gordon: são intervenções para alterar o funcionamento do sistema nervoso central, ou seja, atuar na parte funcional do cérebro, aquela que é o centro de todo nosso funcionamento. Já ouviu falar em “ECT – eletroconvulsoterapia”? É aquilo que você vê nos filmes, quando o cara tem uns eletrodos ligados na sua cabeça e ele leva uns choques. Só que isso é totalmente controlado por especialistas qualificados. Tem o lugar certo e a potência certa de eletrochoque para cada pessoa e para cada tipo de ação que se espera do tratamento. Atualmente, nos tratamentos são usadas outras terapias mais avançadas (por exemplo, ETCC – Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua...)! Fazendo um link com a questão levantada sobre farmacogenética, ou melhor, ao tratamento medicamentoso, algumas pessoas com psicopatologias graves (esquizofrenia, bipolaridade, depressão grave, catatonia...), e que não respondem a esse tratamento (ou seja, elas não melhoram com medicamento), são indicadas para fazer esse tratamento, no qual respondem positivamente!

3) "Quais são os limites éticos da Neurociência hoje?" - Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello: esse tema vem ao encontro dos temas levantados na farmacogenética e na neuromodulação. Sempre questionamos e julgamos esses métodos! [Fora o preconceito e o medo diante dos tratamentos psiquiátricos!] Ele levanta essas questões (fez referência ao filme “Um estranho no ninho”) e também a questão do uso de medicamentos para as pessoas conseguirem altas performances (fez referência ao filme “Lucy”). Indicou o livro O homem e o mundo natural. E trouxe a questão do uso de determinados métodos em pesquisa e em uso clínico. [Há diferenças claras aí!]

É isso aí!

Até semana que vem!