AS TOP 8 SÉRIES QUE APARECEM NA PSICOTERAPIA



Este post é mais uma curiosidade mesmo!
Eu estava super sem ideia para escrever para o blog e eu tenho prazos para subir os textos e tal. Daí estava pensando sobre o que escrever e me lembrei de um ocorrido na semana...
Um colega psicólogo recebeu uma adolescente para atender e, como ele não tinha experiência com esse público, ele me perguntou como eu costumo fazer. Primeiro falei que devemos entrar no mundo dos adolescentes, a partir do interesse que eles trazem (assim como com qualquer paciente – isso eu não falei pra ele, mas é assim que devemos conduzir). E, uma das coisas que os adolescentes trazem muito são as séries que eles assistem.
Não são só eles que trazem as séries para as sessões, os adultos também falam muito sobre isso. Depois da TV por assinatura e do Netflix, esse conteúdo vem aparecendo muito.
Por esses motivos, tive a ideia de escrever um post que traz as top séries que aparecem nas sessões de psicoterapia. Como sempre, pode ser que eu tenha esquecido de alguma, mas... esquecer faz parte!
Lá vão elas:

1. Elite
Essa é nova! Série espanhola em que três adolescentes que tiveram um acidente na escola pública recebem bolsas de estudo em uma escola bilingue top. A mistura econômica e cultural traz novas experiências e um assassinato. São abordados temas como: sexo, drogas, HIV, amizade e família. O que apareceu nas sessões: diversidade cultural nas relações.

2. 13 Reasons Why
Adolescente que se suicida grava treze fitas cassete. Cada fita fala sobre uma pessoa que ela achou que foi responsável pelo seu sofrimento e pela decisão de tirar a própria vida. Alguns dos temas abordados são: adolescência, sexo, drogas, amizade, família, estupro, suicídio, bullying. O que apareceu nas sessões: bullying, desejo de se suicidar, falta de comunicação com a família, “panelinhas” na escola (“populares” x “estranhos”).

3. Black Mirror
Série britânica de ficção futurista que aborda temas atuais de maneira aumentada. Os episódios são sem sequência e você pode assistir de maneira isolada. Alguns temas são bem chocantes e promovem reflexões sobre nossas atitudes na atualidade e onde vamos parar se continuarmos dessa maneira. O que apareceu na sessão: questionamentos sobre temas que apareciam nos episódios. São vários e fica difícil de lembrar, mas alguns são: a prisão em que nos colocamos (episódio do reality show), como vivemos em função da avaliação dos outros (episódio em que tudo o que é feito a pessoa ganha ou perde pontos), o “poder” de voltar nas cenas vividas com o chip instalado em nossa mente, o chip no qual a mãe pode controlar todos os passos de sua filha.

4. Stranger Things
Série que se passa nos anos 80. Um grupo de pré-adolescentes se envolve em uma aventura quando um amigo do grupo desaparece misteriosamente. Eles descobrem uma experiência científica que envolve uma organização privada e o governo dos Estados Unidos. A trilha sonora traz músicas da época, como The Clash e Foreigner. Quem viveu nos anos 80 logo percebe as homenagens ao filme “Os Goonies” e “Alien – O 8º passageiro” (que, apesar de ser do final dos anos 70, é considerado um filme dos anos 80). Nessa série pouco foi comentado um tema específico no qual a pessoa gostaria de trabalhar, mas o todo trouxe relatos durante as sessões. É aquela série em que o primeiro episódio é meio chato, mas depois vai ficando compulsivo, ou seja, você não consegue parar de ver.

5. House of Cards
Essa série retrata bem o que estamos passando hoje na política brasileira, mostrando que o que acontece é tão humano quanto apenas cultural. A história gira em torno da Casa Branca e nas jogadas políticas que as pessoas fazem para conseguirem atingir seus objetivos de conseguirem cargos mais altos e de mais poder. Fica nítido como o mais “forte” usa aquele que demonstra mais “fraquezas” (esse foi o tema principal das sessões). A relação do personagem principal com sua esposa também retrata muito a relação por conveniência, que muita gente vive hoje em dia.

6. Game of Thrones
Confesso que não assisti a essa série, pois não curto séries épicas. Mas, o que apareceu nas sessões foram as relações de poder e a forma como algumas pessoas lidam nos relacionamentos. Um personagem que apareceu na sessão como alguém articulado foi o anão, que demonstrava muita segurança nas suas atitudes.

7. Greys Anatomy
Vários residentes de medicina trabalham em um hospital. Além dos casos médicos e das dificuldades dos residentes em aprenderem a lidar com o desenvolvimento profissional, acontecem várias coisas entre eles: relacionamentos hetero, homo, entre casados, entre solteiros, inter-raciais etc.. Essa série aparece mais em relatos de meninas adolescentes e jovens. É uma febre entre esse público. Sinceramente, não consigo compreender o que chama tanta atenção nessa série, mas vamos trabalhando com o conteúdo mesmo assim. Se isso faz sentido para o paciente... embarcamos junto!

8. Merlí
Essa é a campeã nas sessões. É uma série catalã (da região da Catalunha na Espanha), no qual um professor de filosofia do que chamamos de ensino médio ministra suas aulas de maneira diferente, aproximando-se bastante dos seus alunos, participando inclusive de suas vidas pessoais. Cada episódio se refere a um filósofo ou teórico importante, aparecendo na história em questão. Muitos temas aparecem: relacionamentos hetero e homoafetivos; experiências com álcool e drogas; relacionamentos entre os adolescentes, entre os adultos e entre adultos e adolescentes; relacionamentos entre pais e filhos; etc. O que mais aparece nas sessões: o jeito de ser do Merlí e da mãe do Merlí, um dos alunos com problemas de síndrome do pânico e a forma como o professor maneja a situação.

Lembrando que aqui está de forma bem reduzida e resumida.
Particularmente, eu adoro quando os pacientes trazem séries ou filmes para trabalharmos nas sessões. Até porque eu também sou uma seriemaníaca! 😊
Num outro post vou indicar algumas séries que achei interessantes!
Coloque nos comentários as séries com as quais você mais se identifica ou se identificou!

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