SOBRE O WORKSHOP OBESIDADE, BARIÁTRICA E PROGRAMA PENSE MAGRO - PARTE I - OBESIDADE



Este texto vai para a minha amiga Marcia Elias, psicóloga, que mora há anos na Ilha da Madeira, atuando na área de emagrecimento e é mãe da minha xará, a Mariana.

Eu já queria há muito tempo fazer esse curso de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) voltado para o emagrecimento. Até fazer a formação em TCC, eu não sabia que esse programa se chamava “Pense Magro” e que, inclusive, já existia um livro com o mesmo nome, escrito pela Judith Beck, filha de Aaron Beck, o desenvolvedor dessa forma de terapia que eu aprendi.

O curso foi ministrado pela professora Vanessa Ponstinnicoff, que trabalha em um SPA conhecido em uma cidade do interior de São Paulo.

Como o workshop foi longo, dividirei o relato em 3 partes: obesidade, cirurgia bariátrica e a parte que me interessa mais, o Programa Pense Magro.

A maioria do conteúdo deste artigo vem do workshop, o outro tanto pegarei de outras fontes.

Neste texto, focarei na parte da obesidade.

Segundo o site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a obesidade é “caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal”, no qual o índice de massa corporal (IMC) está acima de 30.

O cálculo para o IMC é seu peso dividido pela altura ao quadrado (p. ex.: 53kg ÷ 1,542m = 22,35). [Esse é o meu, gente!] Se você tem preguiça de fazer o cálculo, pode entrar nesse site (Cálculo IMC), inserir seus dados, que ele gera o resultado pra você e ainda dá o seu status.

Abaixo segue uma tabela com a classificação segundo o IMC (os valores estão arredondados):


Outra medida considerada importante é a da circunferência abdominal:


“O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.” (Também no site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.)

A obesidade é considerada uma epidemia mundial relacionada ao estilo de vida moderno e é causada pela alimentação hipercalórica e pelo sedentarismo. Segundo a minha nutricionista, é pura matemática: se você queimar mais calorias do que consome, você não engorda! Ou, se você ingerir menos calorias do que queima, você não engorda! No meu caso, ela se referia a emagrecer! [Ela não falou exatamente desse jeito, mas foi como eu entendi!] Isso na parte quantitativa, ou seja, na quantidade que comemos. Mas também tem a parte da qualidade dos alimentos que ingerimos.

Outra causa para a obesidade é a disfunção hormonal (p. ex.: hormônio da tireoide ou hormônio do estresse) que, quando tratada, resolve! (Junto com a aquisição de novos hábitos de saúde!)

A grande preocupação com a obesidade é que ela pode causar outras doenças ou estar em comorbidade (associada): diabetes, hipertensão, gordura no fígado, depressão, problemas cardíacos, Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA)... Além disso, pode trazer consequências sociais e emocionais negativas.

Ela resulta da interação de fatores genéticos, ambientais e emocionais, além do estilo de vida. Vocês vão ouvir/ver muito esta expressão “estilo de vida”, que está em alta nesse momento! É a mesma coisa que “qualidade de vida” ou “mudança de hábito” etc.
O filme recomendado em relação a isso é o “Wall-E”, mas confesso que não assisti inteiro, só vi alguns trechos exibidos em aula. Olha só que interessante, fui procurar o trailer ou um trecho dessa parte do sedentarismo e do consumo para colocar o link aqui. Procurei em português para facilitar. E eu não encontrei. Tem em inglês (sem legenda) e em espanhol. Além disso, o trailer em português fala sobre o defeito do robô em desenvolver uma personalidade e em se apaixonar por uma robô, mas em nenhum momento menciona a questão da obesidade! Só uma curiosidade aqui!

Também tem um documentário recomendado pela professora do workshop (e por mim). Chama-se “Muito além do peso”. Ele foi produzido pelo Instituto Alana, que, “trabalha para encontrar caminhos transformadores para as novas gerações, buscando um mundo sustentável e de excelentes relações humanas”. Este documentário aborda a questão do consumo consciente de alimentos e como a mídia “convence” o público infantil (e seus pais) a consumirem alimentos mega nocivos à saúde.

Cada vez mais aumenta o número de crianças obesas no Brasil e no resto do mundo. O interessante é a crença de que o produto é bom e saudável, ou até mesmo a forma como as crianças manipulam emocionalmente seus pais a comprarem determinados alimentos. Uma das crenças é “Se todo mundo come, então deve ser bom!”. Ou, “Se tal ator/atriz come, então é bom!” etc.

Uma boa “porrada” para refletirmos no nosso consumo alimentar e, especialmente, no de nossos filhos, já que o aprendizado se configura na infância e, quando bebês e crianças, eles não têm autonomia para escolherem e tomarem decisões nesse aspecto da alimentação. São o comportamento e a atitude dos pais que determinam o modo de pensar das crianças (futuros adolescente e adultos). Outra expressão que vocês vão encontrar muito em relação a isso é “mindset” (em português, “mentalidade”). Nesse caso, seria um “pensar gordo”.

E, vou confessar, assistindo ao documentário, me dei conta de que tenho a cabeça bem gorda e transmiti isso para o meu filho. Não somos obesos e nem estamos na linha de sobrepeso, mas fazemos um esforço grande para equilibrarmos a questão do comer e do praticar atividade física. Depois que passei com a nutricionista, eu comecei a me dar conta de que eu comia muito mal, mas eu jurava que eu tinha alimentação saudável. Atualmente, esse “estilo de vida” já faz parte do nosso cotidiano, mas ainda temos momentos de “gordices” que estão relacionados diretamente com o nosso relacionamento (adoramos fazer esse tipo de programação para comer coisas diferentes ou repetir as que gostamos).

Mas, enfim, já estou adiantando o assunto do artigo número 3 desta série.

Os tratamentos recomendados são:


Ainda não darei minha opinião sobre os tratamentos, que serão abordados nos dois próximos artigos. O importante aqui, em termos de informação é que a obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e há soluções para isso sim.

Caso você tenha um comentário ou questão, deixe aqui abaixo do texto. Tentarei responder no próximo escrito!

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