Dica de filme


MARY & MAX (2009)

Recentemente assisti a um filme pensando que era uma comédia em forma de animação. Surpreendi-me logo de início ao saber que era baseado em histórias reais. Temas como: solidão, depressão, rejeição, bullying, Síndrome de Asperger, amizade, preconceito, alcoolismo, negligência familiar etc. são revelados aos poucos, de forma bastante leve, porém com bastante profundidade.

Fiz uma busca na internet e encontrei a crítica abaixo, que está muito bem escrita e faz a síntese do filme:

"Desenvolvido com a técnica do stop-motion e finalizado com a ajuda da computação gráfica, o filme é baseado em fatos reais, sobre a amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um novaiorquino de 44. Ela é gordinha, desajeitada, muito curiosa; sua mãe é uma alcoólatra depressiva e seu pai trabalha numa fábrica de pregar cordões nos saquinhos de chá. Ele é um senhor que sofre da Síndrome de Asperger, recluso em sua casa, seus pensamentos lógicos e seu vício em cachorro quente de chocolate (!). Ambos são cheios de pensamentos filosóficos sobre a vida, que só diferenciam-se pela diferença etária. Quem nunca fez as perguntas de Mary quando criança? Quem nunca teve pensamentos de tangência com a teoria de Max, em algum momento da vida?

Inicialmente, é possível pensar que trata-se de uma animação de história engraçadinha e clichê, mas o que se vê é um drama cômico envolto por diversas camadas, que se mostram aos poucos para o público e impressiona pela densidade do roteiro e pelos rumos inesperados que história toma.

A animação tem como principal fonte de humor a complementação imagem-narração. A graça advém da irônica controvérsia entre o que é mostrado e o que é falado.

O filme critica a sociedade-do-pouco-contato em que vivemos, mostrando os vícios e as fobias dos personagens, não só dos protagonistas como também dos coadjuvantes, como a mãe e o vizinho de Mary; a vizinha e os cidadãos que Max observa.

Mary 'vê' tudo em tons marrons, enquanto que Max 'vê' tudo em preto-e-branco. O que acontece quando as duas visões de mundo se encontram é tristonho, mas profundo e muito bonito. A sensação tida, quem sabe, pode ser a de comer leite condensado na lata, com o seu melhor amigo.

Como disse a escritora Ethel Mumford: 'Deus nos dá familiares. Ainda bem que podemos escolher nossos amigos'.

Mary e Max (os personagens e o filme), encantam e emocionam do começo ao fim, assim como a bela trilha sonora instrumental. Uma overdose muito bem vinda de originalidade.

Uma frase, aparentemente simples, dita pelo médico de Max, Dr Hazelhof, resume o filme: 'a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro'."

Crítica por: Fred Burle

Fonte: http://www.cinepop.com.br/criticas/maryemax_101.htm

Bom filme e boas emoções para vocês!

Comentários

  1. Obrigada pela dica...vou ver se encontro esse filme por aqui! O blog tá muito bem feito. Parabéns! Sucesso hoje e sempre.
    Bjs, Tati.

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