Qualidade de vida e profissão: é possível?

Primeiro, a grande pergunta: "O que é qualidade de vida pra você?"
Prática esportiva? Morar na praia? Ter o carro do ano? Morar em uma cobertura em um bairro nobre da cidade? Pegar trânsito e poluição em São Paulo? Ganhar muito dinheiro? Ser vegetariano? Namorar, ser casado(a) ou solteiro(a)? Tomar uma cerveja com os amigos? Ir ao teatro? Saúde mental? Enfim, existem vastas possibilidades para pensar à respeito.
Segundo a definição da OMS, “Qualidade de vida é um termo empregado para descrever a qualidade das condições de vida levando em consideração questões como a saúde, a educação, o bem estar - físico, psicológico, emocional e mental, expectativa de vida etc. A qualidade de vida envolve também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias de vida.”
Segundo o Prof. Alberto Niituma Ogata, “A saúde e a qualidade de vida das pessoas não se resumem a seu estado de saúde, identificado pelos resultados de exames laboratoriais (níveis de glicose e colesterol por exemplo). Trata-se de um conceito bem mais amplo que envolve a sensação de bem estar das pessoas em seu ambiente familiar, na escola e no trabalho e no seu contexto sócio econômico e cultural.”
E ainda, segundo a ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), “A qualidade de vida tem caráter multidimensional, as pessoas não são maquinas e somente aderem às orientações de profissionais quando encontram sentido em suas vidas, se sentem motivadas e percebem que o bem estar é atingido através do desenvolvimento harmônico das facetas física, emocional, social e espiritual da qualidade de vida.”
Concordo com as definições acima descritas, porém, não se pode dizer o que é certo para todos. Qualidade de vida é algo subjetivo e que deve ser definido pela própria pessoa. Se um sujeito acredita que qualidade de vida é morar em São Paulo, não há ser humano que diga o contrário. Afinal, São Paulo, apesar do trânsito e da poluição, tem muitas vantagens, como: acesso à cultura (teatro, cinema, espetáculos, shows, museus...) e à gastronomia variada, mercado de trabalho vasto, entre outras vantagens. Porém, se outro sujeito acredita que o melhor pra ele é morar na praia ou no campo porque quer ar puro, também não há quem o contrarie. Cada um faz sua escolha.
Certa vez, uma profissional da área de qualidade de vida disse: "qualidade de vida é a menor distância entre o que queremos e o que temos hoje." Acredito muito nisto.
E o que a profissão tem a ver com isso? TUDO A VER. A profissão faz parte da identidade humana. Ela constitui grande parte de quem somos. Se uma pessoa não tem um trabalho prazeroso (seja ele nas atividades que exerce ou na compensação financeira), essa pessoa corre grande risco de sofrer de estresse ou outras doenças decorrentes do estresse, prejudicando sua qualidade de vida.
Geralmente, muitas pessoas reclamam do seu trabalho, porém não percebem que a escolha foi delas mesmas. Somos agentes ativos (pleonasmo) e não seres passivos! Se escolhemos trabalhar em uma empresa por conta do salário no fim do mês, é uma escolha!
Mais do que atingirmos a tão desejada qualidade de vida (super importante), precisamos ser responsáveis pelas escolhas que fazemos na vida. E, se realmente não estivermos satisfeitos, tomar alguma atitude para mudar, transformar...
Portanto, meus caros, qualidade de vida e profissão são completamente compatíveis!
Pense no que você quer e em como você está hoje. Defina o que você precisa fazer para atingir os seus objetivos de vida! Planeje, mas viva! Reflita, busque, acredite, aceite suas decisões, seja agente de sua vida!
Perguntas? Poste a sua!
Abraços!