Expansividade emocional: Como anda a sua?

Atualmente, o relacionamento com as pessoas é muito valorizado, principalmente em atividades profissionais que requerem maior interação com grupos, por exemplo, na liderança de uma equipe. A expansividade emocional pode ser um fator importante no exercício das relações dentro de uma equipe de trabalho.
Expansividade emocional é a capacidade que uma pessoa tem para manter relacionamentos. Segundo Moreno (2008*), é a “energia que lhe possibilita ‘sustentar’ o afeto de outros indivíduos durante certo tempo” (p. 210) “[...] quantas pessoas um indivíduo consegue sustentar e satisfazer em suas necessidades imediatas [...]” (p. 211).
Este conceito complementa o conceito de expansividade social, que é a quantidade de pessoas que um indivíduo se relaciona, porém, na expansividade emocional, o que importa não é apenas a quantidade de pessoas com as quais se relaciona e, sim, a quantidade de pessoas com quem o indivíduo mantém as relações.
A base para a construção da expansividade emocional é a família: quantas pessoas compõem esta família e qual a qualidade de relação estabelecida dentro desta.
No entanto, Moreno (idem) afirma que essa expansividade pode ser treinada.
Para medir o tamanho da expansividade emocional, Moreno (ibidem) sugere o “Teste de expansividade emocional”, que ele aplica em um reformatório feminino em Hudson (Nova Iorque) no ano de 1932. Este teste é composto por algumas perguntas que as meninas deveriam responder e é aplicado por um período longo de tempo.
Se você tem interesse em medir sua expansividade emocional, sugiro uma reflexão, que você pode anotar para ficar mais fácil de visualizar: “Com quem me relaciono hoje?”, “Há quanto tempo me relaciono com essas pessoas?”, “Como é a qualidade da relação que eu tenho com essas pessoas?”, “A quais grupos elas pertencem, por exemplo, família, trabalho, amigos...?”...
Caso você queira melhorar a qualidade de suas relações, reflita por onde você deve começar e como você pode melhorar essas relações.
Bom exercício de reflexão!!!
*MORENO, J. L. Quem sobreviverá? Fundamentos da sociometria, da psicoterapia de grupo e do sociodrama. Edição do estudante.* São Paulo: Daimon, 2008. (Edição original em inglês: 1993. Baseado na 2ª edição completa de 1953.)

Comentários

  1. Primeiramente quero parabeniza-la pela iniciativa e desejar muito sucesso. Admiro muito você como profissional e como pessoa, gente que é, fora de série.
    Quanto a expansividade emocional me surgiu uma questão quanto a qualidade das relações.
    - Há diferenças de comportamento no relacionamento em uma equipe de trabalho e relações pessoais. O ambiente influi na maneira de se relacionar inclusive alterando padrões de comportamento de algumas pessoas. Questões como pressão, estress, competitividade podem prejudicar, e por que não dizer, confundir um padrão natural de relacionamento de uma pessoa. Isso pode ser considerado uma patologia psiquica ou é natural diferentes condutas para diferentes ambientes?

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  2. Oi, Mari!!!!
    Primeiro, parabéns pela iniciativa de construir este blog. Corajosa, despojada e inteligente. Como você.
    Depois, genial esta reflexão proposta a respeito da expansividade emocional em detrimento deste fechamento que, aparentemente, o mundo virtual propõe.
    Aguardo muitas provocações desta qualidade.
    Precisamos pensar mais, refletir mais, construir mais.
    Beijos!!!!
    Helô

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  3. Olá Mariana, achei muito interessante a iniciativa. Sou Assistente Social e estou a iniciar uma fase de trabalho diferente com os mais velhos e a estudar exactamente os relacionamentos entre eles pós reforma. Pode dar-me mais algumas referencias sobre o tema? Fico grata.

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  4. Olá
    me chamo Otávio
    sou psicólogo tb e faço formação em psicodrama, Uberlândia, Minas Gerais
    muito boa sua exposição sobre expansividade emocional. Não é o quanto relacionamos, mas o quanto mantemos um relação interpessoal. nossa energia nem sempre possibilita manter interações.
    muito boa sua exposição.
    acesse meu blog ofatohumano.blogspost.com

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